A lei Mosaica obrigava a pessoa se casar com seu estuprador ?

Esse texto tem causado muitas dúvidas em algumas pessoas e para entendermos devemos olhar todo o seu contexto não somente uma parte dele.

Se numa cidade um homem se encontrar com uma jovem prometida em casamento e se deitar com ela,

levem os dois à porta daquela cidade e apedrejem-nos até à morte: a moça porque estava na cidade e não gritou por socorro, e o homem porque desonrou a mulher doutro homem. Eliminem o mal do meio de vocês.

Deuteronômio 22:23-24

Nas comunidades hebreias, principalmente a partir do momento em que foram regidas pela Lei, toda a sociedade tinha que obedecê-la, inclusive para prestar socorro a alguém que estava passando necessidade, ou ajudar o órfão e a  viúva, dessa maneira o texto se refere claramente a uma mulher que consentiu com o ato (não gritou). Não com uma inocente.

Analisemos todo o contexto.

E se algum homem no campo achar uma moça desposada, E O HOMEM A FORÇAR, e se deitar com ela, então morrerá só o homem que se deitou com ela;

Porém à moça não farás nada. A moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo, e lhe tira a vida, assim é este caso.

Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse.

Deuteronômio 22:25-27

(Quando a moça era comprometida e não compactuava com o ato (ela gritou), o culpado era apenas o autor da gravidade), ele nesse caso teve que usar de força.

Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,

Então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.

Deuteronômio 22:28,29

Aqui nesse caso ele não precisou usar de força e nem ela mostrou resistência (não gritou), ela permitiu o ato, foi de consentimento mútuo.

A mulher que caísse na conversa de um "marmanjo" mesmo não sendo comprometida e descumprisse a Lei (matrimônio), o cara teria que além de pagar um determinado valor ao pai dela,( por ele ser o cabeça da casa e ela estar sobre os cuidado dele) ele teria que arcar com as consequências de ter humilhado a mulher e assim a tomaria por mulher, devemos ter em mente que naquela época uma mulher que se deitasse com um homem e ele não a quisesse, ela era vista com más olhos perante a sociedade e dificilmente conseguiria continuar a descendência de seu pai porque as chances dela conseguir um relacionamento naquela sociedade era muito improvável, uma mulher que dormiu com um homem que não passou a ser seu marido era vista com más olhos perante a Lei, ainda mais se tratando de como a sociedade naquela época era machista.

Assim como nossa legislação tem regras, e ao descumprimos pagamos por nossos atos, Deus instituiu as dEle, e como qual quer regra se fossem quebradas os responsáveis que pagar pelos atos cometidos.

Observação final.

Antes que alguém possa se perguntar, “e se ela fosse muda?”, a questão não é se ela é muda ou não, a questão é que ela estando na cidade (lugar com movimento e bastante gente) ela não quis gritar por que ela permitiu o ato (ela não gritou e ele não precisou usar de força), já ela estando no campo ( lugar geralmente que ela se encontrava só) independente dela gritar ou não, o fato é que somente o autor é culpado porque ela não consentiu com o ato, por isso em uma das circunstâncias (ela gritou e ele precisou usar de força ) , diferente da primeira circunstância mostrada. São duas situações com tratamentos diferentes. Se ela permitisse o ato e se ela não permitisse.

Não vivemos mais no tempo da Lei, vivemos no tempo da Graça!


Publicado por: Matheus Santos



Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Romanos 10:4

Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
Romanos 7:6